A doença do refluxo gastroesofágico apresenta sintomas que podem ser divididos em dois grupos.
SÍNDROMES ESOFÁGICAS
Azia, regurgitação, dor à deglutição e dores no tórax são os sintomas mais frequentes, mas também podem ocorrer salivação excessiva e náuseas.
Há algumas condições de saúde que estão associadas às síndromes esofágicas, como adenocarcinoma, esofagite de refluxo com erosão e necrose da mucosa de revestimento que fica acima do estômago; também pode ocorrer o estreitamento esofágico provocado pela inflamação, ou ainda o esôfago de Barrett, quando há alterações nas células do final do órgão.

SÍNDROMES EXTRAESOFÁGICAS
Os sintomas podem aparecer das seguintes formas:
– Tosse crônica, laringite, rouquidão e pigarro persistente, esses sintomas estão relacionados, na maioria das vezes, ao uso excessivo da voz ou a irritantes ambientais e até ao cigarro;
– Asma
– Erosão do esmalte dos dentes, causada pelo refluxo gástrico ao refluir até a boca.

Diagnóstico
Cerca de dois terços das pessoas não apresentam nenhuma esofagite no resultado da endoscopia. No entanto, muitos médios solicitam o exame, pois por meio dele, pode-se excluir a possibilidade de outras doenças como estreitamento esofágico, câncer ou esôfago de Barrett, uma predisposição ao câncer.

Tratamento
O tratamento de refluxo gastroesofágico envolve várias frentes, como:
– Dieta: evitar frutas cítricas, tomate, cebola, bebida gasosa, cafeína, comida apimentada, gordurosa ou frita, chocolate, café e chá.
– Hábitos saudáveis: não fumar, evitar o sobrepeso ou obesidade, reduzir o consumo de álcool, não deitar após as refeições (aguardar duas ou três horas) não comer demais em cada refeição, elevar a cabeceira da cama, evitar roupas e cintos apertados.
– Medicamentos para reduzir a acidez do suco gástrico: Existem dois grupos de medicamentos usados com essa finalidade: os inibidores da bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol, lanzoprazol, esomeprazol e outros) e os antagonistas do receptor H2 (cimetidina, ranitidina, famotidina e outros). Os antiácidos também podem ser utilizados nas crises de azia.
– Cirurgia: A cirurgia é feita por laparoscopia. O objetivo é criar uma barreira anti-refluxo.

Fonte: Drauzio Varella