Em 2008, o dia 2 de abril foi instituído pela ONU como Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A ideia é que as pessoas compreendam a importância de se solidarizar pela causa, porque autismo não afeta apenas a criança e sua família, mas toda a sociedade. Afinal, a inclusão vai muito além de dar acesso à educação e saúde: é preciso fazer com que a criança se sinta à vontade e verdadeiramente integrada às atividades sociais e de lazer.
Em meio à crise que a sociedade vive para o controle da disseminação do novo Coronavírus, não é fácil lidar com o isolamento social que está sendo adotado para conter o avanço da Covid-19. Se para a maioria da população a adaptação já é difícil, as particularidades da quarentena apresentam um desafio a mais para as crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Atividades como terapias, aulas e atividades voltadas para o desenvolvimento de habilidades sociais e psicomotoras estão suspensas. O que fazer?
Confira abaixo algumas dicas:
- É essencial explicar da melhor forma possível o que está acontecendo e por qual motivo a rotina da criança está sendo quebrada. Isso pode ajudar a reduzir a ansiedade, a sensação de perda e prevenir o aumento das birras e outros comportamentos indesejáveis.
- Reorganize a rotina da criança, adaptando-a para a nova realidade temporária. Para isso, invista na comunicação e recrie uma sensação de previsibilidade com atividades que se sequenciem durante o dia, explicando o que vai acontecer daqui a pouco, o que acontecerá em seguida, e assim sucessivamente.
- Mas é bom lembrar que de nada adianta os pais criarem uma planilha de atividades se não conseguirem engajar a criança. Por isso, é importante sempre identificar a preferências das crianças antes de criar as possibilidades de atividades.
- Interromper completamente as terapias é sempre uma péssima ideia e deve ser sempre o último caso. Deste modo, verifique com os profissionais se é possível obter suporte no formato Telehealth. Em geral, o suporte remoto irá desenvolver orientações aos pais para que consigam replicar, eles mesmos, em casa, ao menos parte da terapia.
- É normal se sentir preocupado ou sobrecarregado às vezes. Por isso, talvez seja importante procurar seu sistema de suporte, incluindo contatos da escola, profissionais de saúde e grupos de apoio. Seja uma fonte de tranquilidade e positividade para ajudar seu filho a se sentir seguro em situações assustadoras.