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Publicado em: 20 de outubro de 2017

Dia Nacional de Combate a Sífilis – 21/10

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A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) muito comum, causada pela bactéria Treponema pallidum. Se a pessoa não recebe o tratamento a tempo, a sífilis pode se espalhar pelo corpo e também causar graves lesões nos órgãos internos, como o coração e o cérebro.

 

Transmissão

Geralmente a sífilis é transmitida em relações sexuais desprotegidas com pessoas infectadas. A transmissão ocorre na fase primária ou secundária da doença, especialmente quando existem lesões ativas nos órgãos sexuais. Apesar de não ser 100% efetiva, o preservativo ainda é o melhor método para prevenir a transmissão da sífilis por via sexual.

Quando a doença já está em fase avançada pode ser transmitida pelo beijo ou pelo toque, se houver lesões na pele ou na boca.

Existe também a possibilidade de transmissão por transfusão de sangue, é um um caso raro já que o Treponema pallidum só sobrevive por até 48 horas no sangue estocado.

Gestantes devem tomar cuidado, pois a doença também pode ser transmitida de mãe para filho, a chamada sífilis congênita. Ter sífilis na gravidez também pode provocar aborto, parto prematuro, má formação no feto e até a morte do bebê.

 

Sintomas

Os principais sintomas são úlceras genitais que não causam dor. Conheça os estágios da sífilis e seus sintomas:

  1. Sífilis primária

É o período entre o contágio e os primeiros sintomas, que varia entre 3 dias a 3 meses, sendo mais comum entre 2 a 3 semanas.

A lesão começa com uma pequena elevação na pele nos órgãos genitais que, em algumas horas, se torna uma úlcera indolor (em média 1 cm de diâmetro). A lesão pode passar despercebida nas mulheres. A pessoa também pode apresentar aumento dos linfonodos da virilha (ínguas). Quando o contágio se deu por meio do sexo oral, a úlcera pode aparecer na boca ou na faringe. A úlcera da sífilis some depois de 3 a 6 semanas, mesmo sem tratamento, o que significa que está ocorrendo a multiplicação da bactéria, que se espalha pelo corpo silenciosamente.

  1. Sífilis secundária

Em pacientes não tratados na fase primária, a sífilis volta, semanas ou meses depois, com erupções na pele, em qualquer lugar do corpo, porém mais comuns nas palmas das mãos e solas dos pés. Outros sintomas dessa fase são: febre, mal-estar, perda do apetite, dor nas articulações, queda de cabelo, lesões oculares e aumento dos linfonodos pelo corpo. Também surge o condiloma lata, uma lesão úmida, parecida com uma verruga, perto de onde a primeira lesão se manifestou. Algumas pessoas têm poucos sintomas, e por isso não procuram um médico. Nessa fase os sintomas também desaparecem sem tratamento.

  1. Fase latente da sífilis

Nesta fase não há sintomas, mas os exames laboratoriais para sífilis dão positivo. É dividida em:

Fase latente precoce: contaminação há menos de 1 ano.

Fase latente tardia: infecção há mais de um ano.

  1. Sintomas da sífilis terciária

Após a fase latente, que pode durar anos, os sintomas voltam, quando ocorre a fase terciária, a forma mais grave da doença. Nesta fase podem ocorrer:

Goma sifilítica = surgem grandes lesões ulceradas que podem atingir a pele, ossos e órgãos internos.

Sífilis cardiovascular = atinge a artéria aorta, causando aneurismas e lesões da válvula aórtica

Neurosífilis = afeta o sistema nervoso, causando demência, meningite, AVC e problemas motores por lesão da medula e dos nervos.

 

Diagnóstico

Na sífilis primária os exames de sangue costumam ter resultados negativos. Geralmente o tratamento começa apenas com exame clínico, mas pode ser realizada coleta de material da úlcera para verificação laboratorial.

Já em fase mais avançada, o diagnóstico é feito por meio dos exames: VDRL e FTA-ABS (ou TPHA).

O VDRL dá positivo para sífilis entre 4 e 6 semanas depois do contágio. O exame pode dar positivo para outras doenças como lúpus, doenças do fígado, mononucleose, hanseníase, catapora, artrite reumatoide, etc. Para o diagnóstico da sífilis considera-se apenas valores maiores de 1/32. O VDRL também pode dar falso positivo em pessoas idosas.

FTA-ABS é um exame mais específico e pode dar positivo após alguns dias do aparecimento do cancro duro (lesão inicial). Mesmo após a cura do paciente, o FTA-ABS continuará dando positivo.

 

Tratamento

Atualmente, a sífilis é tratada com antibióticos e tem um alto índice de cura, se tratada corretamente com antibióticos apropriados, de preferência, com penicilina benzatina (Benzetacil). O tratamento varia de acordo com a fase da doença.

– Sífilis primária, secundária ou latente precoce = dose única.

– Sífilis com mais de 1 ano de evolução ou de tempo indeterminado = 3 doses, com intervalo de uma semana.

Quando a sífilis afeta o sistema neurológico (neurossífilis) o tratamento é feito com penicilina G cristalina ou penicilina G procaína.

 

Os alérgicos a penicilina podem ser tratados com doxiciclina ou azitromicina, mas não com tanta eficiência quanto a penicilina. Em alguns casos, pode ser feito um tratamento para dessensibilizar o paciente alérgico para liberar o uso da penicilina.

Para confirmar a cura é necessário repetir os exames de sangue.

 

Fonte: MDSaúde