Fale Conosco/Ouvidoria
Faça sua adesão
Unafisco Saúde Concierge
Saúde do homem
Publicado em: 5 de agosto de 2014

Câncer de Próstata: Considerações sobre o tratamento

Prostata
É uma doença na qual ocorre o desenvolvimento de um tumor na próstata, uma glândula do sistema reprodutor masculino. Isso acontece quando as células da próstata sofrem mutações e começam a se multiplicar sem controle.
Estas células podem se espalhar (metástase) a partir da próstata em direção a outras partes do corpo, especialmente ossos e linfonodos. O câncer de próstata pode causar dor, dificuldade de urinar, disfunção erétil e outros sintomas. As taxas de incidência deste tipo de carcinoma variam amplamente no mundo.Quando o urologista detecta um câncer de próstata é importante saber sua localização e a determinação do estágio em que se encontra: interno, avançado ou metastático. Conhecer a localização e o estágio ajuda a definir o prognóstico e é útil para a escolha da terapia.
O câncer de próstata é mais frequentemente descoberto por meio de exame físico ou por monitoração dos exames de sangue, como o teste do “PSA” (sigla em inglês para antígeno prostático específico). Uma suspeita de câncer de próstata deve ser confirmada removendo-se uma amostra de tecido prostático e examinando-a ao microscópio (biópsia). Outros exames, como raios-X e exames de imagem para os ossos, podem ser realizados para determinar se o câncer de próstata se espalhou.
Se ele estiver localizado internamente, recorre-se à cirurgia, à radioterapia externa ou à braquiterapia, que também é uma forma de radioterapia. Quando o tumor está avançado ou já existem metástases, o médico pode indicar o uso de hormônios e optar por fazer ou não a cirurgia e a radioterapia, dependendo de uma série de fatores.
A idade e o estado geral de saúde do paciente, assim como a extensão da dispersão das células, aparência sob análise microscópica e resposta do câncer ao tratamento inicial são importantes para determinar o desfecho da doença.
A opção mais radical de tratamento é a cirurgia, feita através de uma incisão no abdome, abaixo do umbigo, por onde a próstata é removida junto com o tumor, e o paciente permanece em recuperação no hospital durante 4 ou 5 dias. A radioterapia externa é realizada uma vez por dia através de aplicações de um feixe concentrado de irradiação que incide sobre a próstata. É um tratamento prolongado (dura seis ou sete semanas), porém mais simples do que a cirurgia, já que não envolve internação, nem anestesia. E por fim, o terceiro método é a braquiterapia: com o paciente mantido sob leve anestesia são colocadas agulhas na sua próstata através das quais são inseridas sementes radioativas dentro da glândula.
A cirurgia é uma intervenção complexa e, por isso, considerada mais agressiva do que os outros métodos. A radioterapia e a braquiterapia são procedimentos mais simples, que, no entanto, não oferecem garantia total de cura porque a próstata permanece no organismo e pode apresentar o reaparecimento do tumor, além de manifestações obstrutivas como a hiperplasia benigna. A cirurgia também pode acarretar impotência sexual por lesão dos feixes neurovasculares que passam ao lado da glândula, bem como incontinência urinária nos três primeiros meses. A opção radioterápica não leva à incontinência urinária, mas em alguns casos, também pode provocar diminuição da potência sexual.
Em todos os casos de câncer de próstata só é possível falar em cura total depois de 10 anos sem a doença. Quem sobrevive 5 anos, provavelmente já está curado, mas é preciso esperar 10 anos para a alta definitiva. Quando o tumor ainda está contido dentro da próstata, a cirurgia pode promover a cura de 85% a 90% dos pacientes. Se já saiu da glândula, a eficiência do tratamento fica bastante reduzida. Com a aplicação de radioterapia e braquiterapia, 70% dos pacientes ficam curados. Com o tratamento cirúrgico, a doença pode reaparecer em 10% a 15% dos casos e quando isto ocorre o urologista pode receitar medicações antitumorais ou hormonais que controlarão a doença por outro longo período, se ela for diagnosticada a tempo.