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Publicado em: 6 de novembro de 2018

Crise fiscal e falta de investimentos prejudicam o avanço da saúde

Especialistas avaliam o impacto do cenário econômico do país para o setor durante o 4º Fórum da Saúde Suplementar.

A eficácia e o equilíbrio da área da saúde no país dependem de bons índices econômicos. Uma real mudança nos dois setores, entretanto, só acontecerá com uma conversa franca entre as duas partes. A avaliação foi feita pelo diretor-presidente do Insper, Marcos Lisboa, durante o painel “Economia e saúde no cenário brasileiro” do 4º Fórum da Saúde Suplementar, promovido pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), no Rio, nos últimos dias 22 e 23.

A edição do evento deste ano teve como título “O desafio da eficiência em Saúde: um debate inclusivo” e reuniu ministros, autoridades, representantes e especialistas do setor. Eles levaram ao público considerações sobre temáticas do segmento, como dilemas da assistência à saúde no mundo; a economia e a saúde no cenário nacional; o crescimento dos custos no setor e a importância da disseminação de informações.

Lisboa falou sobre vários temas, como crise fiscal, envelhecimento da população, desperdício, falta de investimentos em infraestrutura, aposentadorias precoces e subsídios ao setor privado.

– Sem diálogo não tem caminho possível. Precisamos disto para fazer a transição de uma situação de crise para um cenário positivo – afirmou.

Durante o painel “Crescimento dos custos em saúde”, representantes de operadoras, hospitais, consumidores e poder público tiveram vários pontos de convergência ao apontar os principais fatores que causam o aumento no valor dos planos de saúde, Entre eles estão a utilização em excesso dos serviços de saúde, desperdícios e fraudes, gastos elevados com novas tecnologias, ineficácia do Sistema Único de Saúde (SUS) e o rápido envelhecimento da população.

Convidado a falar sobre “O momento institucional brasileiro” o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso destacou pontos positivos dos últimos trinta anos, como a estabilidade institucional e monetária e a redução da pobreza. Ao mesmo tempo, destacou o que chamou de “pontos baixos”, como a “corrupção estrutural, endêmica e sistêmica”, o sistema político “que reprime o bem e potencializa o mal” e o crescimento da violência. Barroso traçou uma visão otimista do futuro: – A sociedade já se transformou e quer um país melhor. Não estamos decadentes. Estamos mais exigentes – resumiu.

Tecnologia na medicina 

Mapeamento genético que indica todos os tipos de doenças que podem afetar uma pessoa ao longo da vida, aplicativos contendo exames médicos e histórico de saúde e até eletrocardiogramas realizados por meio de relógios. As inovações tecnológicas a serviço da medicina são tantas e tão rápidas que os próprios médicos e especialistas precisam de fôlego para se adaptarem e, muitas vezes, encontrarem formas de utilizar as novidades em benefício dos pacientes. 

Líder do ThinkLab na IBM Brasil e professor de Inovação na Pós-Gradução da ESPM, Henrique Von Atzingen do Amaral falou sobre este tema no painel “O Futuro da Informação”. Ele apresentou várias inovações como o mapa genético da empresa 23andMe, que pode prever a propensão do paciente a determinada doença, e o programa Personality Insights capaz de realizar, por meio da inteligência artificial, uma análise completa da personalidade de um indivíduo baseada em seus posts.

Fonte: Valor/FenaSaúde