Nem os pequenos estão livres da depressão. Apesar de não muito frequente – as estatísticas mostram que a prevalência da doença está entre 0,2% e 7,5% das crianças brasileiras abaixo de 14 anos –, é preciso ficar atento, pois os sinais da doença nas crianças são bem diferentes dos adultos. A depressão infantil normalmente é diagnosticada depois dos cinco anos de idade, e as causas são multifatoriais, como vulnerabilidade do sistema nervoso central, fatores genéticos e ambientais.
A apresentação dos sintomas da depressão depende da idade e do nível de maturidade da criança. É importante lembrar que o que é comportamento normal e o que caracteriza a doença dependem do contexto em que os sintomas aparecem e quais foram os prejuízos causados por eles.
De modo geral, a criança vai se retraindo e muitas vezes os pais não percebem que algo errado está acontecendo. As crianças menores têm maior dificuldade de entender a subjetividade dos sentimentos e frequentemente exteriorizam a tristeza por meio de sintomas físicos. É nessa hora que os pais devem se munir de uma dose extra de amor para compreender o momento delicado pelo qual a criança está passando e oferecer apoio para entender o problema.
Um olhar atento às mudanças repentinas de comportamento da criança é fundamental para decidir procurar um especialista e relatar o ocorrido. A partir de então, o profissional poderá investigar se há algo errado e recomendar o tratamento adequado.
Veja abaixo sinais de que a criança pode estar deprimida:
- Reclama de dores de cabeça ou enxaqueca
- Apresenta tristeza constante
- Relata ter dores abdominais
- Faz xixi na cama com frequência
- Demonstra irritabilidade
- Aparenta ter perdido o prazer de fazer coisas que antes gostava
- Tem dificuldade de ficar longe dos pais
- Sofre com fobias diversas
- Passa a comer menos ou mais do que o habitual
- Tem dificuldade de concentração
Fontes:
https://capmh.biomedcentral.com/articles/10.1186/1753-2000-6-26